sexta-feira, 23 de março de 2012
Quando nem mesmo a gente se entende...
"Já estou cansado dos meus gemidos...molho o meu leito com as minhas lágrimas" (Salmos 6:6)
Não, não fique aborrecido(a) com você mesmo(a)
Só porque o sorriso não emoldurou os teus lábios
Só porque não está quem queria ao teu lado
Só porque o sol nasceu, mas não aqueceu
Só porque o canto entoou, mas desafinou
Só porque o espelho te falou a verdade
Só porque o botão não cumpriu sua função.
Não, não se sinta tão irritado(a)
Só porque o choro perdurou mais que devia
Só porque o tempo foi curto pra o que queria
Só porque o trem já se foi da estação
E com ele também parte do seu coração.
Não, não fique desnorteado(a)
Só porque há caminhos alternativos ao seu
Só porque a vida não se resume ao seu eu
Há tantas possibilidades para acontecer
Basta apenas você gostar de viver.
Ah, eu sei bem como é isso
Quando nem mesmo a gente se entende
Quando tudo que faz depois se arrepende
Mais eis que o sol nasce de novo
Encontra nossa pele disposta
Um novo dia então se anuncia
Trazendo com ele resposta.
Não, não fique tão empolgado(a)
Viver é um desafio, afinal
Nem tudo que parece ruim é tão mal
Nem tudo que parece bom é banal
A vida acima de tudo é um dom
Mesmo quando não dá pra entender
Junte-se a mim nesse caso
Vamos juntos aprender a viver.
Marcello di Paola
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Pois quando a gente entende que não entende alguma coisa é que a gente está prestes a entender tudo...
ResponderExcluirLinda mensagem....acho que vou fazer um cartaz bem grande e por na parede pra não esquecer...
ResponderExcluirBeijo
as vezes o novo dia nem traz a resposta...
ResponderExcluirMas soh por ser um novo dia, ja nos da esperança, por ser diferente...
Ari, Mari e Fe, muito obrigado por darem sentido a este espaço com suas visitas e comentários...
ResponderExcluirSaber que pessoas preciosas como vocês me acompanham nestes devaneios, é um estímulo e tanto ao meu constante aperfeiçoamento.
Bjs...
A vocês dedico essa máxima de Montaigne..
ResponderExcluirUm leitor inteligente descobre frequentemente nos escritos alheios perfeições outras que as que neles foram postas e percebidas pelo autor, e empresta-lhes sentidos e aspectos mais ricos.
Michel de Montaigne