quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Devaneio ao violão...

"...Quem me dera beber da água da cisterna de Belém, 
que está junto à porta. (II Samuel 23:15)



Ao som do violão, despretensiosamente dedilhado, devaneia um pregador...
As cordas vibram em harmonia, a melodia ganha o ar...
O mundo se apequena e o coração comprime, pra  poder lhe comportar...

Este mundo tão restrito, é o celeiro dos seus sonhos...
Seu berço de ilusões...
Tudo ali é intenso e forte, carregado de emoções.

Não é pra se entender, muito menos pra explorar...
é apenas pra saber que o pregador só quer amar...

Amar a quem?
Amar você... amar você, você e você...

A canção fala por ele, não há muito o que dizer...
Ele toca a noite inteira até o dia amanhecer...

O violão é seu amigo, companheiro tão dileto...
Tão presente no infortúnio, seu diário mais secreto.

Há perfeita sintonia entre a dor e a melodia...
Entre a lágrima chorada, a saudade e a harmonia...

Deus do céu contempla tudo...sabe do que foi e também do que será...
ao pobre pregador compete apenas dedilhar...
Dedilha, pois, óh pregador...sempre, sempre a devanear, pois Deus Pai que te assiste...

...virá te consolar.


Marcello di Paola




4 comentários:

  1. aaaa mais um de seus dotes, tocar violão, oque te espera em seguida? Sucesso

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  2. Adoro o som de um violão.
    Muito bom o texto.
    Parabéns!
    Você é mais poeta ou sociólogo? Rsss
    Beijos

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    Respostas
    1. Obrigado Leia, pelo carinho de sempre...seu incentivo é tudo de bom...rs...bjs

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    2. Marili, querida, sou um sociólogo metido a poeta, digamos assim...rs.

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