Vivemos numa sociedade que não preza pelo silêncio...
O silêncio incomoda, quando não atormenta. O barulho distrai, nos salva do auto confronto a que nos convoca uma meditação silenciosa. Guardar silêncio diante do outro, então, soa constrangedor, por isso nos pomos a falar, ainda que se não tenha nada a dizer. Um cumprimento nervoso, seguido de observações superficiais sobre o clima ou qualquer outra trivialidade em que nos apegamos como bote salva vidas num mar revolto. Somos condicionados culturalmente à comunicação. A sabedoria, porém, recomenda nos prudência. Muitas são as citações:
"O Falar é prata e o ouvir é ouro"
"Como maçãs de ouro em salvas de prata, assim é a palavra dita ao seu tempo"
"No muito falar não falta transgressão, mas o que modera os lábios é prudente".
"Como maçãs de ouro em salvas de prata, assim é a palavra dita ao seu tempo"
"No muito falar não falta transgressão, mas o que modera os lábios é prudente".
A fala não é o único meio de comunicação, às vezes um olhar diz muito mais. Quem pode se esquecer daquele encontro entre Jesus e o jovem rico? Depois de falar ao jovem e perceber que este não o compreendia, o evangelista Marcos observa: " Fitando-o, Jesus o amou".
Mas, pessoas querem falar...por trás da fala está o impulso desesperador por se fazer notar, pois é fácil se perder entre as multidões.
Em seu martírio, Jesus pouco falou...Isaias já tinha profetizado que "...tal como ovelha muda perante os seus tosquiadores, Ele não abriu a boca".
O paradoxo é revelador...
Nas poucas vezes em que falou, demonstrou preocupação com os outros; a João, disse: "Eis aí tua mãe" e a Maria disse: "Eis aí teu filho"
Nas poucas vezes em que falou, demonstrou preocupação com os outros; a João, disse: "Eis aí tua mãe" e a Maria disse: "Eis aí teu filho"
Noutro momento ainda, pediu que Deus Pai perdoasse seus algozes e, ao ladrão moribundo, prometeu o Reino do Céu...
Palavras... poucas...mas que vivificavam.
Na sociedade da comunicação em que vivemos ferimos e somos feridos. As línguas se convertem em lanças de pontas incendiárias atiradas a esmo, daí se entende porque as almas se angustiam cada vez mais e a civilidade rareia.
Há um convite, entretanto, para um grande banquete restaurador. O Rei nos aguarda para a grande festa. A mesa está posta e nela há fartura de amor, perdão, misericórdia e...maçãs de ouro...
Aproximem se, pois, ao Rei não convém fazer esperar...
Há um convite, entretanto, para um grande banquete restaurador. O Rei nos aguarda para a grande festa. A mesa está posta e nela há fartura de amor, perdão, misericórdia e...maçãs de ouro...
Aproximem se, pois, ao Rei não convém fazer esperar...
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