Nossa vida está sempre aquém de nossa expectativa...por isso fabricamos ilusões.
Que seria de nós não fossem elas, as ilusões? Não fossem imagens que desconhecendo as fronteiras da razão, permitem-se desenhar à partir de uma linha do pensamento que devaneia...
Mas muitos optam pelo tédio, o tédio de uma existência medíocre em nome de uma razão insana que nada produz além de queixumes.
A vida é mais que isso. A vida é realidade onde a ilusão umedeci o ar que se respira. Ou seja, vida sem ilusão é seca como deserto castigado.
A ilusão não é incentivada pelos amantes da religião, cujo sentido da vida só se concretiza no sofrimento atroz, nem pelos intelectuais aninhados em mansões de ácaros, cujo sentido da vida só se realiza na vaidade...Mal sabem eles que também são vítimas de suas ilusões, pois vaidade é ilusão, bem como a espera passiva por um futuro glorioso.
O ser humano se complica ao longo de sua jornada pela vida, pois percebe que hoje já não é o mesmo de ontem e teme que amanhã não seja o mesmo que hoje. Os conflitos internos se intensificam...
Só nos curaremos disso quando perdermos o medo de sentir...
de viver...
de arriscar...
de olhar em volta sem temer vaias ou precisar de aplausos...
...quando pararmos de representar para os outros e construirmos nossos próprios personagens, pois o enredo de uma vida se desenvolve em muitos cenários.
Quando entendermos de uma vez por todas que vida é dom de Deus... e dom é presente, e presente tem que alegrar o coração.
O problema é que sobrevivemos na maior parte do tempo...
Marcello di Paola
Profundo!
ResponderExcluirProfundo como nossa amizade...Obrigado, Mari, querida.
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