terça-feira, 1 de novembro de 2011

Restauração...




"Volta, minha alma, ao teu sossego, pois o Senhor tem sido generoso para contigo." (Sal. 116:7)

Nada pior a humanidade poderia fazer contra si mesma do que perder o contato com Deus. Sim, Deus converteu se em escape dos fracos na mente dos enebriados com a sabedoria do mundo. Quando me deparei com este salmo pela primeira vez e passe-ei meus olhos sobre ele, vivia algo próximo da angústia do salmista que o compôs.

"Laços de morte me cercaram, e angústia do inferno se apoderaram de mim: caí em tribulação e tristeza" 

Faço ideia que uma porção significativa das pessoas partilham deste mesmo sentimento. Muitos se tornaram reféns de suas dores de alma. As escaras que a vida lhes impregnaram lhes furtou o gosto pela existência. O outro (semelhante), em quem se deveria encontrar apoio, lhe vê como estranho, doente ou alguém para ser evitado, para dizer o mínimo. Sartre iria além e diria que "O inferno é o outro". Os laços de solidariedade estão cada vez mais raros na sociedade do consumo, nas pessoas que se auto afirmam na supremacia sobre o próximo, confirmando assim o pessimismo do filósofo existencialista. Sentimo-nos sós num mundo densamente povoado. Chegamos a sete bilhões de habitantes sobre a face da terra, muitos dos quais, almas aprisionadas em corpos cansados e sofridos. A oração que muitos fazem é a mesma daquele moribundo hóspede do inferno "Permita que o (outro) molhe na água a ponta do dedo e me venha refrescar a língua, pois me encontro em tormento nessas chamas" 

Esta é a realidade que assombra uma humanidade que destronou Deus para entronar o EU. O ser humano está diante de sua miséria em seus último gemidos. Assim também se encontrava o salmista quando enfim resolveu admitir seu estado: "Então invoquei o nome do Senhor, dizendo: Ó Senhor, livra a minha alma" 

O fato é que, apesar de nós mesmos, "Piedoso é o Senhor e justo: o nosso Deus tem misericórdia" . Esse pregador que vos escreve sabe bem disso. Fiz turismo pelo inferno de uma existência distante do seio do Pai, mas tal qual o salmista, invoquei o nome do Senhor. Experimentei sua generosidade. Ele veio ao meu encontro não com a ponta do dedo molhada na água, mas Ele mesmo, a própria Água da Vida, saciou a minha sede por completo. Minha alma se reencontrou com o sossego. "Porque tu, senhor, livraste a minha alma da morte, os meus olhos das lágrimas, e os meus pés da queda." 

Só me resta dizer: "Andarei perante a face do Senhor na terra dos viventes" 

Alguém me acompanha?



Um comentário:

  1. amigo Marcello!!
    fico pensando no pedido de Paulo ou é Pedro....rsrsrsrsrsr
    que pede para orarmosd por todos os irmãos da terra, porque o que passamos,eles,também passam no mundo.
    confesso, que as vezes nos parece estarmos sozinhos e que somos exclusivos em determinados problemas!!
    Maranata

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