Não é de hoje que muitos líderes denominacionais comemoram a possibilidade de o Brasil contar com uma maioria evangélica em pouco tempo. O que penso com os meu botões é se tal projeção é realmente digna de comemoração, se não vejamos:
Com o aumento significativo da população evangélica, fato esse inconstestável, era para haver uma elevação dos valores éticos e morais tanto na sociedade, quanto nas próprias igrejas. No entanto, faça uma pesquisa na rua, na escola, no trabalho perguntando o que as pessoas associam ao termo "evangélico". Não se surpreenda se vc ouvir definições como "oportunismo", "exploração", "xarlatanismo". O que para muitos crentes soa como "perseguição aos evangélicos", pra mim nada mais é que a colheita do que foi plantado ao longo dos últimos anos.
Com o aumento significativo da população evangélica, fato esse inconstestável, era para haver uma elevação dos valores éticos e morais tanto na sociedade, quanto nas próprias igrejas. No entanto, faça uma pesquisa na rua, na escola, no trabalho perguntando o que as pessoas associam ao termo "evangélico". Não se surpreenda se vc ouvir definições como "oportunismo", "exploração", "xarlatanismo". O que para muitos crentes soa como "perseguição aos evangélicos", pra mim nada mais é que a colheita do que foi plantado ao longo dos últimos anos.
Nas últimas décadas o evangelho que tem arrebanhado dezenas de milhares de cabeças de ovelhas não tem sido o Evangelho da Cruz, mas o "evangelho da barganha", aquele evangelho que "muda" a vida do desafortunado quase que num passe de mágica, da água para o vinho.
Quem não está atrás de soluções mirabolantes e imediatas para os seus problemas?
É evidente que um discurso que oferece tal conteúdo encontrará ouvidos cativos e atentos engrossando as fileiras do seguimento evangélico da população.
A prova inconteste de que há algo errado com esse "crescimento" são as próprias evidências.
Escândalos pipocam aqui e acolá, doutrinas estranhas e práticas antibíblicas, de exceção se tornaram regra em muitas igrejas.
Olho para uma cidade como o Rio de Janeiro, que proporcionalmente é a cidade mais evangélica do Brasil e o que vejo? O mesmo que vocês vêem! Uma violência sem fim, o carnaval mais badalado do mundo e por aí vai.
E o sal da terra?
E a luz do mundo?
E o Espírito Santo, estado brasileiro que se reveza com o Rio na proporção de número de evangélicos, que não raro tem sua política associada a corrupção?
Que dizer de São Paulo, a maior metrópole da AL...quantas igrejas evangélicas!!!
A questão que quero colocar é:
A proporção de evangélicos tem correspondido a realidade que se espera de uma sociedasde com grande número de evangélicos, isso à luz da Bíblia?
Minha crítica aqui é aos que se vangloriam do crescimento quantitativo em detrimento do qualitativo.
A presença de uma maioria evangélica no Brasil tem que necessariamente evidenciar o poder de Deus na condução do país e por extensão em toda a sociedade na forma de diminuição da corrupção, da violência, da imoralidade e da desigualdade.
Convém lembrar que Deus nunca fez questão de maiorias.
Os milhares de midianistas foram enfrentados com apenas 300 valentes de Gideão.
Sansão venceu mais de mil filisteus com a queixada de um jumento.
Sansão venceu mais de mil filisteus com a queixada de um jumento.
Elias, sozinho, enfrentou os 300 profetas de Baal no Monte Carmelo.
Jesus, com apenas 12 homens, estabeleceu o Cristianismo.
Essas minorias de Deus fizeram a diferença no mundo, de sorte que os líderes que comemoram as estatíticas de crescimento dos evangélicos, devem voltar os seus olhos para o interior de sua igrejas e avaliar a qualidade desse crescimento.
Se Deus fizesse questão de maiorias, não seria estreita a porta e nem apertado o caminho da salvação, e muito menos escolheria poucos dentre os muito que são chamados.
Marcello di Paola
Show de bola Marcelo, ótimo texto.
ResponderExcluirAcrescento Billy Grahan que em 1969 disse o seguinte:
"Julgo ser uma BOA COISA o fato de os cristãos se tornarem MINORIA. Foi assim que a Igreja Primitiva virou o mundo de cabeça para baixo. Creio que temos sido NUMEROSOS demais. O que precisamos nos EUA (e no Brasil, com certeza) é nos desfazermos de MUITA GENTE que temos na igreja. Creio que poderíamos fazer muito melhor trabalho se fôssemos discípulos dedicados e disciplinados como havia na igreja primitiva."
Um abração.
Que possamos crescer em qualidade, não apenas em quantidade.
Alberto Oliveira
Grande Alberto, obrigado pela contribuição. Graças a Deus, ainda há um remanescente de líderes do gabarito de Billy Grahan e de críticos como vc...é sempre um prazer te ter por aqui com suas considerações pertinentes...
ResponderExcluirGrande abraço
Obrigado pela visita, Marcelo, acompanhar-te-ei. abraço
ResponderExcluirExcelente texto Marcelo!
ResponderExcluirJá estou te seguindo. È um grande prazer e alegria.
Se quiseres me seguir também: www.michelineblogs.blogspot.com
Fraternalmente em Cristo